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Prelúdio para amar

 

Não é tanto o teu sorriso

Que encanta, nem tua mão

De perfeita simetria e poder de força/

É esse olhar, golpe certeiro de ave de rapina

Falcão faminto rasgando entranhas/

Mergulhando na alma

Num gesto ímpar de invasão e posse,

Trucidando a razão primeira,

Deitando ao chão valores antigos, inúteis/

E eu, mais que presa, nada faço

Para fugir do teu encanto que cega e domina/

Baixo a cabeça resignada ao teu desejo que consome,

Mas resgata o brilho perdido do olhar

E o sorriso largo dantes findo/

E assim adentras meus segredos e leva-me em êxtase/

Para ti e como fauno profano em libido,

Consciente do próprio desejo,

Perpetua em mim tua espécie

 

Joana Prado

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Pranto silencioso

 

Elen de Moraes

 

Como eu previa, partiste!

Chegou o dia, noite, aliás.

Um pranto silencioso insiste

Em derramar lágrimas

Que não contenho mais!

 

Pranto silencioso e triste

Pela carência do teu corpo amado

Quando no meu, tu deslizavas.

Pela ausência do teu toque ousado

Quando de manhã me acordavas.

 

Pelo desejo que me percorria

Quando arrebatado me beijavas.

Pelo rumorejo da tua voz macia,

Sibilada, cálida e rouca.

A esse apelo eu não resistia.

 

Pela angustia da distância

Que separou nossas bocas.

Nelas bebíamos numa ânsia

Desvairada e muito louca,

E saciávamos nossa paixão!

 

Pelo silêncio que apagou

O fogo intenso da emoção

-Doces e ternas lembranças-

Ao murmurares meu nome

Sem promessas e cobranças.


Ah, meu ingrato amor

Partiste tão de mansinho

Sem imaginares meu espanto

Sem tirares do meu caminho

Os espinhos desse meu pranto.

 

Com esse mesmo jeitinho

Sempre tão desligado

Entraste em minha vida

Dizendo-te apaixonado

E a mim pediste guarida.

 

Totalmente emocionada
Senti que a chama apagada

Do meu corpo se acendeu.

Iluminou compartimentos

Onde eu havia trancado 

 

Amargos ressentimentos.

De mim, tão escuros lugares,

Onde jamais pretendi voltar.

Bem de mansinho chegaste

Minhas entranhas minaste.

 

Como a água da pesada chuva

Que penetra em solo árido,

Sem licença, entraste em mim!
Sem permissão, moraste em mim,

Sem fiador pelo teu sentimento.

 

E te ausentas sem envolvimento,

Sem sequer olhares para trás!

E o meu pranto silencioso insiste

Em derramar lagrimas

Que não contenho mais...

 

 (Rio de Janeiro, BR)

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Palavras caladas...

No silêncio das palavras caladas
Agruras de outras vivências
Chora uma alma amargurada
Por sentir tudo dar
Sem nada ter
Tudo querer
E afinal nada "merecer"...
Há... sentir a metade
Quando sem maldade
Tudo deu sem nada perguntar
Injustiçada, desgraçada
Se por este "nada" lutar...
Irracionalidade do racional
Abismo encontrado
Linda a visão, mas pura ilusão
De gesto demonstrado...
Afinal, até quando a vida é madrasta?
Talvez, afinal mereça
Esta insegurança...
Até quando o silêncio das palavras
Mudas, mas irreverentes
Serão desculpa aceite
Nestes dias belos
Manchados pelo medo da verdade?
Não! Não!
Mil vezes não...
Chega de lamentos da espera desesperada de uma mão
Pular fora sair,
Procurar,
Talvez fugir
Para encontrar tudo, talvez nada...
Algo que por inteiro se dê
Sem medo de se iludir!!!

A_Loirinha_
(Judith Pato)

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foto de fundo do fotografo Marques da Silva imagem de Obidos @

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Fundo musical  Senhor Jesus  cantado  por suellen  clica em cima do player para escutar